Origem do Nome

HULHA

             Alguns relatos afirmam que o carvão já era explorado no século XIX.
            A hulha é composta de carbono, restos vegetais parcialmente conservados, elementos voláteis, detritos minerais e água. É empregada tanto como combustível quanto como redutor de óxidos de ferro e, graças a suas impurezas, na síntese de milhares de substâncias de uso industrial. O antracito, última variedade de carvão surgida no processo de encarbonização, caracteriza-se pelo alto teor de carbono fixo, baixo teor de compostos voláteis, cor negra brilhante, rigidez e dificuldade com que se queima, dada sua pobreza de elementos inflamáveis. É usado como redutor em metalurgia, na fabricação de eletrodos e de grafia artificial. Uma de suas principais vantagens consiste em proporcionar chama pura, sem nenhuma fuligem.
            A hulha é um carvão mineral com 80% de carbono (abaixo de 80% ocorre o linhito e, acima, antracito).
            Os carvões minerais resultam da fossilização da madeira, ocorrida ao longo de milhões de anos, provocada por pressão, temperaturas e ausência de ar.
            A hulha foi a mola propulsora da indústria do século XIX, durante a chamada Revolução Industrial, sendo substituída pelo petróleo no século XX.
            As máquinas a vapor, alimentadas pelo carvão, surgiram em meados de 1700 e foram aperfeiçoadas por Watt, que passou a construí-las, comercialmente, em Birmingham, na Inglaterra, de 1774 a 1800.
            Atualmente, o principal uso da combustão direta do carvão é na geração de eletricidade. Essa tecnologia está bem desenvolvida e é economicamente competitiva.
            Os impactos ambientais das usinas a carvão são grandes, não só pelas emissões atmosféricas, mas também pelo descarte de resíduos sólidos e poluição térmica, além dos riscos inerentes à mineração.
            No Brasil, a hulha ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e, sua produção é de cerca de 10 milhões de toneladas por ano (a produção não é maior devido ao alto teor de cinzas e de enxofre que possui). É usada como combustível de usinas termoelétricas e nos altos fornos siderúrgicos, após aquecimento prévio para eliminar material orgânico (gases e alcatrão).

Hulha Negra

            Os anos 40 foram marcados pela mineração de carvão, em função da Segunda Guerra Mundial. O carvão, uma das grandes riquezas do município, inspira o nome “Hulha”. O carvão de pedra deixou de ser explorado no final da década e se constitui em um potencial de progresso expressivo.
            Em 1945, estava sendo construída uma usina termoelétrica, que não chegou a funcionar.
            Pelo decreto lei estadual Nº. 720, de 29 de dezembro de 1944, o distrito de Rio Negro passou a denominar-se Hulha Negra e perdeu parte do seu território para o distrito de Aceguá, e adquiriu parte do distrito de Seival, do município de Bagé.